Por a 13 Janeiro 2021

Viver, desfrutar e criar.

Fotografia: José Manuel Ferrão Produção: Amparo Santa- Clara

Acha possível transformar um escritório numa casa de sonho?

Acha possível que, de um espaço feio e obsoleto com 97 m2, nasça uma casa clean, contemporânea, onde a vida pessoal e profissional se encontra?

Nós respondemos: sim, é possível.

Nesta casa, na linha de Cascais, não há nada de obsoleto ou feio, pelo contrário, tudo aqui grita modernidade, beleza, estética e arte!

A proprietária, que procurava um sítio para viver com os seus dois filhos, encontrou neste apartamento, um antigo escritório, uma solução prática. Teria sido impossível, contudo, a mudança para este espaço, sem a intervenção de Ana Calém, a artista apaixonada por arquitetura e design, que se dedicou a 100% a este projeto, no mínimo, desafiante.

Imagine isto: um escritório de tetos baixos, alcatifado, mesas de contraplacado e luz branca – um espaço feio, muito feio, desatualizado e quase datado. Para Ana, nunca foi um problema, mas um desafio e assim pôs mãos à obra!

Numa primeira etapa, mandou partir as estruturas do teto falso, para vir a descobrir uma área completamente por explorar, que lhe viria a significar mais espaço, mais área útil.

Este teto trouxe duas coisas: mais área, o que equivalia a uma possibilidade mais real de encaixar num espaço mínimo, e sim, era mesmo mínimo, três quartos, uma cozinha, três casas de banho – leu bem, três casas de banho – e uma ampla sala. Não, não é magia, é trabalho. Para que isto acontecesse, o projeto foi medido literalmente ao milímetro, foram construídos dois andares, um em cada lado da sala, onde pudessem ficar os quartos, cada um com uma pequena casa de banho. 

Cá em baixo, ficaria um terceiro quarto ou, eventualmente, sala, uma divisão ampla que dá para a varanda e ainda uma cozinha e lavabo.

A única forma de tornar isto possível foi projetando uma casa onde tudo está colocado estrategicamente, sejam as escadas, com um ângulo e dimensões precisas, para caber e ser funcional, mas, ao mesmo tempo, serem armários de arrumação. Seja a parede da cozinha, que alberga umas estantes, onde estão arrumados alguns dos utensílios, ou as casas de banho, que estão planeadas ao mínimo detalhe, onde fica o lavatório, duche, etc.

Aqui não houve acasos.

E no que toca à decoração, muito menos. Não esquecer que, numa casa tão pequena, tudo tem que cumprir um propósito único, como é o caso da enorme mesa de jantar, que está colocada no centro da sala, para dar apoio à proprietária, que trabalha muitas vezes em casa. Ou como é o caso da secretária no quarto do filho, com uma estrutura de arrumação, que permite uma facilidade de space saving. 

Em geral tudo nesta casa é pensado ao pormenor, e com muita dedicação. Ana viu o monstro e criou a bela, ou, como quem diz, fez um milagre!  

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